Meu testemunho - 1

Pax et bonum!

Num certo dia vi num determinado blog o testemunho de um seminarista sobre sua primeira participação na Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano ("FERR", Missal de 1962). É um belo texto, do qual recomendo a leitura a todos (obs: está em espanhol).

Pensando nisso, cheguei à conclusão de que poderia ser edificante dar meu testemunho também.

Sou Luís Augusto, fiel leigo, 21 anos, moro na zona sul da capital. Em 2007 soube da existência da Missa na FERR numa paróquia de Fortaleza-CE. Numa rápida viagem no fim deste mesmo ano, tentei participar da Missa. Mas não me foi possível.

Chegando o fim do ano passado, mais uma viagem ao Ceará, agora, porém, para vários dias. Lá passaríamos (minha família e eu) o Santo Natal, ficando ainda até alguns dias de janeiro.

No bendito dia 04/01/09, Domingo, Solenidade da Epifania do Senhor (aqui no Brasil) tudo estava programado para irmos (uma prima, meus irmãos, a namorada de um dos meus irmãos, minha namorada e eu), finalmente, à Igreja de São João Batista do Tauape. A Missa é celebrada às 10h30.

A demora do transporte, a distância do lugar onde descemos até a Igreja... tais coisas aumentavam a ânsia.

Chegando lá, encontramos o povo reunido. Mal nos colocamos em nossos lugares, vi, precedido pelos servidores do altar, o sacerdote saindo da sacristia, de barrete e com o cálice na mão, coberto pelo véu e, sobre este, a bolsa do corporal!!! É o Pe. Samuel Brandão de Oliveira, MSC. Chegamos praticamente na hora, mas enfim chegamos!




O passo grave e sóbrio, o canto "Sim, irei ao altar do Senhor"... eu estava ali para respirar o ar do Calvário.
O detalhe importante é que lá a Missa é celebrada ad orientem versus populum. Embora eu tenha como preferível, nestas ocasiões topográficas (altar do lado ocidental da Igreja ou em outro lado que não seja o oriente), que se abstenha do oriente, permanecendo apenas com o oriente interior, voltados todos para o Senhor Crucificado (sacerdos populusque versus Crucem). Contra o ad orientem versus populum, porém, não se pode falar mal, visto que assim é feito desde sempre em quase todas as basílicas romanas.
Seguem mais alguns registros fotográficos. Por causa deles minha participação não foi tão frutuosa, mas eu tinha que guardar alguns kilobytes de lembrança...

Orações ao pé do altar

Munda cor meum

Homilia (na qual o Pe. Samuel elogiou a presença dos vários jovens)

Ofertório

Comunhão (como não há mesa da comunhão, grade, balaustrada, são usados dois largos genuflexórios para a comunhão dos fiéis)

Após a Missa (eu e o Pe. Samuel)

Detalhe do altar

Bolsa do corporal

Véu do cálice

Eu, dona Sofia (da Associação Cor Mariae Immaculatum) e o Pe. Samuel

Visão do oriente da igreja

No fim das contas, participei do Santo Sacrifício num bela igreja; a oração subindo ao trono de Deus em melodias gregorianas (Missa de Angelis); todos rezando na língua oficial da Sagrada Liturgia; várias mulheres com a cabeça coberta, ocultando sua glória para aparecer somente a glória de Deus; sendo usado o mesmo Ordinário da Missa que São Padre Pio e inúmeros santos sacerdotes usaram!!

Foi uma ótima experiência. Não tão perfeita por causa da dispersão (ter chegado em cima da hora, ter que tirar fotos...), confesso. Mas as fotos serviram para que hoje eu pudesse contar a vocês como foi!

Por Luís Augusto - membro da ARS

Comentários

Mais acessadas no último mês

Rosário em Latim

Como fazer a denudação do altar na Quinta-feira Santa (Forma Ordinária)

Ofício de Tenebrae (Trevas) na Forma Extraordinária do Rito Romano

Como deve ser o toque da sineta/carrilhão na Consagração?

Precônio Pascal - partitura e áudio (Portugal)