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Mostrando postagens de agosto, 2009

Recuperemos o amor à Eucaristia!

O Arcebispo de Lima chamou os fieis a praticar uma urbanidade (cortesia, afabilidade) eucarística, consistindo na boa educação da piedade, respeito e adoração ao Corpo de Cristo. Esta exortação foi feita na Missa Dominical que celebrou na Basílica Catedral de Lima, no domingo, 23 de agosto, XXI do Tempo Comum. “ Recuperemos esse amor à Eucaristia, recebendo Jesus com o corpo e a alma limpos, na graça de Deus. Q ue se utilize essa pequena bandeja da comunhão , para que no caso de uma partícula da Hóstia se desprender, não caia no chão. Por isso esta urbanidade, que devemos ensinar [a todos] desde as crianças até aos mais idosos ”, exortou durante sua homilia. Assim mesmo, o Pastor de Lima recordou que a Igreja Universal ensina que a comunhão Eucarística se recebe na boca, e de uma maneira extraordinária – com permissão do bispo - na mão. “ A comunhão Eucarística se recebe na boca para evitar o uso da mão suja em contato com o Corpo de Cristo. Nesta arquidiocese, todavia, há a permiss

Gripe A e tentativa de impor a comunhão na mão

Pax et bonum! Acabei de colocar a postagem anterior para servir de referência sobre o que vamos tratar aqui. Em algumas dioceses, ao que parece, do Brasil e do mundo, está havendo a tentativa de impor a comunhão na mão como "precaução" por causa do medo do contato da mão do sacerdote, ou de outros ministros, com a saliva de algum fiel que esteja com a nova gripe e que comungue recebendo o Corpo de Cristo diretamente na boca. Aconteceu isto, por exemplo, pela Pastoral da Saúde de Portugal, diante do que o sr. cardeal patriarca de Lisboa, há pouco mais de um mês, teve que intervir. Transcrevo o documento oficial (os grifos são meus): COMUNICADO DO CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA AOS SACERDOTES DO PATRIARCADO DE LISBOA Nos últimos dias fui surpreendido com a avalanche de notícias sobre as implicações dos cuidados de prevenção contra o vírus H1N1 (Gripe A), nas assembleias litúrgicas e nos actos de culto católico. Compreende-se que a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde queira co

D. Nicola Bux e a Comunhão na mão: “Lamento, mas não existe nenhum texto da Tradição que a sustente”.

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Entrevista de D. Nicola Bux concedida a Bruno Volpe Don Bux, qual é a maneira mais correta de comungar? Diria que são duas. Há a posição de pé, recebendo a partícula na boca, ou de joelhos. Não vejo uma terceira via. Falemos da posição vertical… Está bem, não tenho nada contra ela. O importante é que o fiel esteja intimamente consciente do que vai receber, isto é, que não se aproxime da Comunhão com uma despreocupação que demonstra imaturidade e absoluta distância de Deus. Comunhão de pé… mas o que é melhor? Veja, até a Comunhão de pé, se feita com devoção, compunção e sentido do sagrado, não está mal. Seria belo e conveniente, sem dúvida, que a Comunhão (inclusive quando de pé) seja precedida por um sinal formal de reverência, ou seja, a cabeça coberta para as mulheres, o sinal da cruz ou uma inclinação de amor. Mas, por que frequentemente as pessoas se aproximam da Comunhão como se fosse de um buffet? Gosto desta expressão e em parte é também correta. Muitos se levantam mecanicamente

"Resista, Maestro, resista!"

Oferecemos a tradução portuguesa (via tradução espanhola de La Buhardilla de Jerónimo) de uma valiosa entrevista de Monsenhor Domenico Bartolucci, de 92 anos, nomeado por Pio XII maestro “ad vitam” da Capela Sixtina, mas afastado do cargo em 1997 devido a uma intervenção de Mons. Piero Marini. Uma medida que foi vigorosamente rechaçada pelo então Cardeal Joseph Ratzinger. O título do post, de fato, faz referência às palavras do mesmo Ratzinger a Mons. Bartolucci meses antes de que este se retirasse do cargo. A entrevista se trata de mais uma iniciativa do Abbé Stefano Carusi, do site Disputationes Theologicae, do Instituto do Bom Pastor. Em 2006, Mons. Bartolucci foi convidado a reger um concerto especial em honra ao Papa Bento XVI, concerto este que foi considerado como que um ato de desagravo tanto ao injustiçado Monsenhor como à verdadeira música sacra. Na mesma época, em entrevista concedida a Sandro Magister, Mons. Bartolucci declarou sobre Bento XVI: “Um Napoleão sem generais”.

Ad Orientem - palavras do Bispo de Tulsa - EUA

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Renascimento de antigo rito traz múltiplas vantagens e algumas noções erradas Porque a Missa é tão necessária e fundamental à nossa experiência Católica, a liturgia é um tópico constante em nossas conversas. Eis porque quando nos reunimos tão frequentemente refletimos sobre as orações e as leituras, discutimos a homilia, e - provavelmente - debatemos sobre a música. O elemento crítico nessas conversas é uma compreensão de que nós Católicos prestamos culto da maneira que o fazemos por causa daquilo que a Missa é: Sacrifício de Cristo, oferecido sobre os sinais sacramentais do pão e do vinho. Se nossa conversa sobre a Missa deve "ter algum sentido", então nós temos que compreender esta verdade essencial: Na Missa, Cristo nos une a si, ao passo em que se oferece em sacrifício ao Pai pela redenção do mundo. Nós podemos nos oferecer deste modo porque nos tornamos membros de seu Corpo pelo Batismo. Nós queremos recordar também que todos os fieis oferecem o Sacrifício Eucarístico co

Santa Sé ensinando a celebrar a "Missa Antiga"

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Pax et bonum! Caríssimos, grande notícia! Chegou tarde aos meus ouvidos, mas está ressoando "nos quatro cantos da internet"! A Pontifícia Comissão Ecclesia Dei acaba de lançar um pack de dois DVDs sobre a Forma Extraordinária do Rito Romano. Isso mesmo! O primeiro, até onde sei, que surgiu foi o da Administração Apostólica São João Maria Vianney (Brasil na frente!). Logo apareceu, com grande qualidade, o Celebrare Missam Tridentinam (não é exatamente o título), da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Apareceram também os DVDs dos Cônegos Regulares de São João Câncio, que mantêm o ótimo site www.sanctamissa.org/ . E também, em grande produção, com a EWTN, o da Fraternidade Sacerdotal São Pedro. Claro que devem existir outros por aí. Por fim, aparece este subsídio OFICIAL da Santa Sé! A apresentação é do Card. Hoyos e está em italiano, espanhol, francês e inglês. No primeiro DVD há uma Missa Rezada e outras, como o Pontifical em Santa Maria Maggiore (se completo ou só em partes,

Assim falou Romano Guardini...

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Pax et bonum! Há algumas semanas estive traduzindo o Cap. 7 da obra " O Espírito da Liturgia ", do Pe. Romano Guardini . Esta obra inspirou, de certa forma, o livro "Introdução ao Espírito da Liturgia ", do Card. Ratzinger , atualmente nosso Santo Padre. O livro pode ser baixado em inglês aqui (site Sancta Missa ). O capítulo em questão se chama " A primazia do Logos sobre o Ethos ". Muito interessante. Como ainda falta revisá-lo, não o postarei, mas deixarei uma bela citação, que conclui o capítulo. A liturgia tem algo em si que lembra as estrelas, sua eternidade e ainda assim seu curso, sua ordem inflexível, seu profundo silêncio, e o infinito espaço em que estão suspensas. É apenas em aparência, todavia, que a liturgia está separada e indiferente às ações e aos esforços e à posição moral dos homens. Pois na verdade é sabido que aqueles que vivem dela serão idôneos, saudáveis, perfeitos em espírito e verdade, e estarão em paz nas profundezas de seu ser;

"Mãos erguidas em louvores para Deus"

Assim o refrão do Hino de Nossa Senhora do Amparo enxerga simbolicamente as duas torres da Igreja Matriz de Teresina. Dia 07 (sexta-feira) iniciou o Novenário de Nossa Senhora do Amparo , padroeira de Teresina, que segue até o dia 16 . Até o sábado (dia 15), a Santa Missa para os paroquianos em geral estará sendo celebrada às 19h . No dia 16 (Domingo), Solenidade da Assunção de Nossa Senhora , dia também em que nossa capital completa 157 anos, nosso arcebispo D. Sérgio oferecerá o Santo Sacrifício às 8h30 . A Missa de hoje será cantada pela Schola Cantorum Cor Iesu Sacratissimum , que exercerá o ministério do canto litúrgico pela segunda vez, sendo a primeira em nossa própria Arquidiocese. Agradecemos ao Pe. José de Pinho pelo convite. O repertório é composto pelos cantos escolhidos pela Paróquia, para o novenário, mais o Kyriale de Angelis .

Deus no centro, não o homem

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Pax et bonum! Mui recentemente encontrei dois textos, não tão novos, mas bem interessantes. São duas entrevistas semelhantes tanto nas perguntas como nas respostas. As duas foram feitas por Bruno Volpe, do Pontifex . A primeira ao Card. Darío Castrillón Hoyos , ex-prefeito da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, e a segunda a Dom Albert Malcolm Ramjith , ex-secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e atual arcebispo de Colombo (Sri Lanka). *** Eminência, o que é a Santa Liturgia? Respondo assim: a Liturgia é a presença viva de Deus, tal como disseram também os Padres da Igreja, e a busca do sagrado. Uma Liturgia que não põe Deus no centro, não é católica . Para ser mais claro, na Liturgia, o sacerdote nunca deve ser protagonista, colocar-se em evidência. Citemos, por exemplo, o que aconteceu em Lourdes durante a recente viagem do Papa. O que aconteceu? Um sacerdote considerou oportuno, segundo o seu gosto, mudar as palavras da Ave Maria. Você percebe? P

"Puros-sangues" e "Trouxas"

Pax et bonum! Abaixo segue um texto interessante de um sacerdote da Paróquia Santa Maria Madalena, de Brighton, na Inglaterra. Para que seja compreendido é necessário saber que o autor faz referência aos termos “ purebloods ” (puros-sangues) e “ muggles ” (trouxas), usados na séria Harry Potter , significando, respectivamente (no contexto da série), filhos de bruxos (também sendo os avós bruxos) e pessoas sem poderes mágicos, ou seja, que não são bruxos. *** Eu sou um trouxa . Outro dia recebi uma visita que estava muito aflita com uma preocupante tendência entre aqueles que estão ligados à Missa latina tradicional. Sua alegação era que há uma tendência crescente, da parte de certas lideranças “trads”, de fazer questão de nunca participar de Missas, no Usus Antiquior , de padres que celebram na forma Ordinária da Missa. Não só isso, mas também que se recusam a participar em igrejas onde ela é celebrada. Ele descreveu isso como “ puros-sangues ” e “ trouxas ”. Os “puros-sangue” sem quer