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Mostrando postagens de 2012

Missa da noite do Natal (2012) na Matriz do Amparo, Teresina-PI

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Pax et bonum! Amados amigos, exultamos desde a vigília e a noite do Natal de nosso Senhor Jesus Cristo! Esta alegria, que dura por esta Oitava, deve ainda permanecer até a Solenidade da Epifania do Senhor (06/01/13). A liturgia, por si só, fala tudo que pode deste tempo sacrossanto! Além de expressar nossos votos de um Santo Natal a todos que visitam nosso blog, deixamos aqui a exortação de São Leão Magno, no Ofício das Leituras do dia 25 (Forma Ordinária do Rito Romano): Toma consciência, ó Cristão, da tua dignidade! Hoje, amados filhos, nasceu o nosso Salvador. Alegremo-nos. Não pode haver tristeza no dia em que nasce a vida; uma vida que, dissipando o temor da morte, enche-nos de alegria com promessa da eternidade. Ninguém está excluído da participação nesta felicidade. A causa da alegria é comum a todos, porque nosso senhor, vencedor do pecado e da morte, não tendo encontrado ninguém isento de culpa, veio libertar a todos. Exulte o justo, porque se aproxima da vi

Os passos da reforma litúrgica pós-conciliar - Os dois opostos, segundo o Cardeal Lercaro

Pax et bonum! O Ordo de 1965 foi apresentado, os abusos cometidos já nesse tempo, antes do Ordo renovado entrar em vigor, foram indicados pelo Pe. Bugnini como fruto da "tentação das experiências"... Seis dias antes do I Domingo da Quaresma daquele ano (07/03), ou seja, no 1º de março, Sua Eminência, o Cardeal Giacomo Lercaro, então presidente do Consilium , ou seja, o superior imediato do Pe. Bugnini, e também Arcebispo de Bolonha, fez uma exposição sobre o que chamou de dois aspectos opostos nas reações suscitadas por conta da reforma litúrgica anunciada. Segundo ele, haviam "os que consideram a reforma como nociva" e "aqueles que vão longe demais". Seriam estes os autores das reações que criam obstáculos à reforma litúrgica. A perspectiva do autor é interessante e revela alguns problemas enfrentados naquele período, ainda meses antes do término do Concílio, como fazemos questão de lembrar. Também esclarece o posicionamento provavelmente compartil

Os passos da reforma litúrgica pós-conciliar - "Quo vadis, liturgia?", um desabafo do Pe. Bugnini

Pax et bonum! Nesta nossa série de postagens, estamos dois anos após a promulgação da Sacrosanctum Concilium e cerca de um mês antes da entrada em vigor do Ordinário da Missa "renovado", segundo a Instrução Inter Oecumenici . Vimos a apresentação de janeiro e já vimos o próprio Ordinário, tal qual passou a ser, em seguida, utilizado no Brasil. Recordamos que o Concílio Vaticano II ainda estava a meses antes de ser concluído. Pois bem, na metade de fevereiro de 65, o Pe. Bugnini que, lembremos, era secretário do Consilium , escreve algumas linhas no Notitiae , revista/jornal sobre assuntos litúrgicos que, atualmente, é bimestralmente editada pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Dada a brevidade do texto, nós o colocamos abaixo: "Quo vadis, liturgia?" Pe. Annibale Bugnini, CM Publicado no Notitiae do Consilium ad exsequandam Constitutionem de sacra liturgia, de 15 de fevereiro de 1965. Com muita frequência, em

Os passos da reforma litúrgica pós-conciliar - O Ordinário da Missa de 1965 utilizado no Brasil

Pax et bonum! Prosseguindo nossa caminhada através da reforma litúrgica, apresentamos agora o Ordo Missae (Ordinário da Missa) de 1965. Sim, este foi o primeiro rito da Missa oficialmente reformado após a Sacrosanctum Concilium e com certo impacto. Vê-se nele ainda a Missa como chegou ao Concílio Vaticano II. As diferenças para com o Ordinário anterior (edição típica de 1962 utilizado atualmente como Forma Extraordinária do Rito Romano, graças ao Motu Proprio Summorum Pontificum , de 07/07/2007), foram elencadas na apresentação do Pe. Bugnini, na postagem anterior. Interessante notar que, neste Ordo , a resposta para "O Senhor esteja convosco" é "E contigo também", que atualmente só permaneceu na resposta do fiel, após receber o dom do Espírito Santo no Sacramento da Confirmação, quando o bispo diz "A paz esteja contigo". Neste tempo ainda não tinham inventado as versões que se distanciam do texto oficial, como é o caso do "Ele está no meio de

Os passos da reforma litúrgica pós-conciliar - A apresentação do Ordinário da Missa de 1965

Pax et bonum! Depois de termos recebido as devidas permissões para tradução e publicação pelo sr. Athanasios Dimitrakopoulous (Bélgica), do site Sacrosanctum Concilium (que contém uma boa coleção de documentos sobre o Concílio e a Reforma), finalmente continuaremos com nossa documentação sobre os passos da reforma litúrgica pós-conciliar. Depois de termos visto as ordens do Motu Proprio Sacram Liturgiam e, sobretudo, da Instrução Inter Oecumenici , de setembro de 1964, chegamos ao ano de 1965, em cujo 7 de março entraria em vigor o uso do Ordinário da Missa com as modificações mandadas por esses dois documentos citados. Aqui temos a apresentação que o então Pe. Annibale Bugnini, personagem "chave" deste período da história do Rito Romano, fez, para a edição de 29/01/1965, do L'Osservatore Romano (o "jornal vaticano"). Mais uma vez, disponibilizamos o documento aqui no site Gloria.TV , vivamente recomendado. Por Luís Augusto - membro da ARS

"Sinais"

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Começa um novo Ano Litúrgico, sem festa, sem foguetes, sem Reveillon . Reinicia-se, sóbrio, silencioso, o ciclo em que entramos em contato com os mistérios da vida de nosso Redentor. No mundo, os homens olham para o céu, para os sinais do “tempo”. Em menos de um mês, uma metade do planeta entrará no inverno e a outra no verão. Na natureza, o que temos visto ultimamente por aqui foi a florada do ipê (de julho a setembro), a entrada do período mais quente e seco do ano, a florada do flamboyant (de outubro a dezembro) e as “promessas” de chuvas (que nos meados e no fim de novembro já me trazem o tempo do Advento à mente). Quando o Senhor veio visitar o mundo (bem como quando vier novamente), o mundo estava árido, sedento, como nossos sertões têm estado. E assim como os homens, as plantas e os animais esperam a chuva, o Tempo do Advento põe em nossas bocas o lirismo da profecia de Isaías, como se fosse um refrão a permear as quatro semanas deste tempo: “Que os céus, das alturas,

Os passos da reforma litúrgica pós-conciliar - A Instrução INTER OECUMENICI

Pax et bonum! No dia 04/12/1963 vinha à luz a Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia, a Sacrosanctum Concilium . Quase dois meses depois, em 25/01/1964, o Papa Paulo VI, com a Carta Apostólica Sacram Liturgiam , sob a forma de motu proprio , determinava algumas coisas como aplicações da Constituição, a entrarem em vigor menos de um mês depois, em 16/02/1964. Neste motu proprio , Paulo VI fala da comissão especial instituída com o objetivo de "pôr em prática, pelo melhor modo, as prescrições da referida Constituição sobre a Sagrada Liturgia". Oito meses depois, em 26/09/1964, esta comissão - o Consilium [ad exsequandam Constitutionem de Sacra Liturgia]  apresentava sua primeira Instrução, a entrar em vigor cerca de cinco meses depois, em 07/03/1965. Apresentamos, enfim, a possivelmente única versão em português, desta I Instrução para reta aplicação da Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia, disponível na web. Dentre várias mudanças na Missa, figu

Os passos da reforma litúrgica pós-conciliar - O motu proprio Sacram Liturgiam

Pax et bonum! Nas próximas semanas estaremos postando alguns documentos provavelmente inexistentes em português na web, ou pelo menos presentes em poucos sites. Trata-se de documentos importantes quanto à implementação da Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia (uma leitura obrigatória, por assim dizer), em que vemos os passos dados para a "transformação" do Missal Romano (sobretudo), em sua edição de 1962 (hoje referido como parte da Forma Extraordinária do Rito Romano), no novo Missal Romano, promulgado por Paulo VI, que é parte da Forma Ordinária do Rito Romano. Primeiramente queremos chamar a atenção para dois textos de antes do Concílio: a Encíclica Mediator Dei , de Pio XII, de 1947, bem como sua Alocução por ocasião da conclusão do Congresso Internacional de Liturgia Pastoral , de 1956, que nos resumem algo da doutrina sobre a teologia litúrgica no período imediatamente anterior ao Concílio Vaticano II. Na atual postagem, pomos

"Celebro com o rito antigo para fazer entender que é normal usá-lo", diz o Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos

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O cardeal Cañizares explica por que aceitou presidir, em São Pedro, a missa deste sábado para os fieis da peregrinação “Una cum Papa nostro” ANDREA TORNIELLI  Cidade do Vaticano "Aceitei de bom grado celebrar a Missa do próximo sábado para os peregrinos que vêm agradecer ao Papa pelo dom do motu proprio Summorum Pontificum :  é uma forma de fazer entender que é normal usar a forma extraordinária do único rito romano...". O cardeal Antonio Cañizares Llovera, Prefeito da Congregação para o Culto Divino, respondeu desta forma à pergunta de Vatican Insider sobre o significado da celebração do próximo sábado, 3 de novembro (às 15h), no altar da Cátedra da Basílica de São Pedro. Hoje pela manhã, o porta-voz da peregrinação “Una cum Papa nostro” anunciou a presença do arcebispo Augustine Di Noia, vice-presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei , na cerimônia. Qual é o significado desta peregrinação? Agradecer a Deus e agradecer ao Papa pelo motu proprio d

Carta Encíclica QUAS PRIMAS, do Papa Pio XI, sobre a Festa de Cristo Rei

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Pax et bonum! Caríssimos, neste domingo (28/10), último do mês de outubro, o Calendário para a Forma Extraordinária do Rito Romano traz a Festa de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei, como estabelecido pelo Papa Pio IX em 11/10/1925. Com a reforma pós-conciliar do Calendário Romano Geral, a festa passou a se chamar Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, e foi deslocada para o último domingo do ano litúrgico, ou seja, o domingo imediatamente anterior ao primeiro domingo do Advento. A encíclica Quas primas , de Pio XI, explica de maneira detalhada os fundamentos desta Festa, fundamentos que deveriam ser recordados por cada cristão, em nossos tempos de tantas crises políticas, escândalos de corrupção e ascensão de verdadeiros inimigos de Cristo ao poder. Naquele ano, as palavras vibrantes de Pio XI, no espaço de tempo entre as duas grandes guerras que assolaram o mundo no século passado, traziam à memória imperiosos deveres para com o amado Salvador. Esperamos que